quarta-feira, 15 de abril de 2015

Parada...

Ossos tímidos brotam no espelho, eu quase consigo vê-los formando desenhos na minha pele, transformando-me na tela do meu artista interior, do meu verdadeiro eu, expressando-se em segredo em forma de reflexo frio, de rosto vazio.
A balança me encara, me espera. Piso em vidros e decepções.
Enfrento novamente o espelho, mas não há ninguém do outro lado. Não há ninguém em lugar algum.
O barulho alto do chuveiro me traz de volta e os pensamentos de solidão se dispersam junto do vapor quente.
O mundo gira ao meu redor, mas eu estou parando. Estou morrendo.

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